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terça-feira, 6 de março de 2012

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 

 

VIA INTRAMUSCULAR (IM)

EXECUTANTES: Auxiliares, técnicos de enfermagem e enfermeiros.


MATERIAIS:
1.
Seringa – conforme volume a ser injetado (máximo 5 ml.).
2. Agulha – comprimento/ calibre compatível com a massa muscular e solubilidade do líquido a ser injetado.
3.
 Algodão.
4.
 Álcool 70%.
5.
 Bandeja.
6.
 Medicação prescrita.

 

DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO:

1. Checar prescrição medicamentosa (data, dose, via, nome paciente).
2.
 Lavar as mãos com técnica adequada.
3.
 Preparar injeção, conforme técnica já descrita.
4.
 Orientar o paciente sobre o procedimento.
5.
 Escolher local da administração.
6.
 Fazer antissepsia da pele com algodão/ álcool.
7.
 Firmar o músculo, utilizando o dedo indicador e o polegar.
8.
 Introduzir a agulha com ângulo adequado à escolha do músculo.
9.
 Aspirar observando se atingiu algum vaso sangüíneo (caso aconteça, retirar agulha do local, desprezar todo material e reiniciar o procedimento).
10.
Injetar o líquido lentamente.
11.
 Retirar a seringa/agulha em movimento único e firme.
12.
 Fazer leve compressão no local.
13.
 Desprezar o material perfuro-cortante em recipiente apropriado (caixa resíduo perfuro-cortante).
14.
 Lavar as mãos.
15.
 Realizar anotação de enfermagem, assinar e carimbar (conforme decisão do COREN-SP-DIR/001/2000).
16.
 Realizar anotações em planilhas de produção.
17.
 Manter ambiente de trabalho em ordem.
 
OBSERVAÇÕES:
 A. Locais de aplicação:
O local apropriado para aplicação da injeção intramuscular é fundamental para uma administração segura. Na seleção do local deve-se considerar o seguinte:
·   Distância em relação a vasos e nervos importantes;
·
   Musculatura suficientemente grande para absorver o medicamento;
·
   Espessura do tecido adiposo;
·
   Idade do paciente;
·
   Irritabilidade da droga;
·
   Atividade do paciente.
 
DORSOGLÚTEA (DG):
1. Colocar o paciente em decúbito ventral ou lateral, com os pés voltados para dentro, para um bom relaxamento. A posição de pé é contra-indicada, pois há completa contração dos músculos glúteos, mas, quando for necessário, pedir para o paciente ficar com os pés virados para dentro, pois ajudará no relaxamento.
2. Localizar o músculo grande glúteo e traçar uma cruz imaginária, a partir da espinha ilíaca póstero-superior até o trocânter do fêmur.
3. Administrar a injeção no quadrante superior externo da cruz imaginária.
4. Indicada para adolescentes e adultos com bom desenvolvimento muscular e excepcionalmente em crianças com mais de 2 anos, com no mínimo 1 ano de deambulação.


 VENTROGLÚTEA (VG):
1. Paciente pode estar em decúbito sentado lateral, ventral ou dorsal.
2. Colocar a mão esquerda no quadril direito do paciente.
3.
 Localizar com a falange distal do dedo indicador a espinha ilíaca ântero-superior direita.
4.
 Estender o dedo médio ao longo da crista ilíaca.
5.
 Espalmar a mão sobre a base do grande trocânter do fêmur e formar com o indicador em triângulo.
6.
 Indicada para crianças acima de 03 anos, pacientes magros, idosos ou caquéticos.


FACE VASTO LATERAL DA COCHA:
1. Colocar o paciente em decúbito dorsal, lateral ou sentado.
2.
 Traçar um retângulo delimitado pela linha média na anterior da coxa, na frente da perna e na linha média lateral da coxa do lado da perna, 12-15 cm do grande trocânter do fêmur e de 9-12 cm acima do joelho, numa faixa de 7-10 cm de largura.
3.
 Indicado para lactantes e crianças acima de 1 mês, e adultos.


DELTÓIDE: 
· Paciente poderá ficar sentado ou decúbito lateral.
·
 Localizar músculo deltóide que fica 2 ou 3 dedos abaixo do acrômio. Traçar um triângulo imaginário com a base voltada para cima e administrar a medicação no centro do triângulo imaginário.


B – Escolha correta do ângulo:
·        Vasto lateral da coxa – ângulo 45 em direção podálica.
·
        Deltóide – ângulo 90º.
·
        Ventroglúteo – angulação dirigida ligeiramente à crista ilíaca.
·
        Dorso glúteo – ângulo 90º.

C – Escolha correta da agulha:
Conforme Horta e Teixeira a dimensão da agulha em relação à solução e à espessura da tela subcutânea (quantidade de tecido abaixo da pele) na criança e no adulto, deve seguir o seguinte esquema:
FAIXA
ETÁRIA
ESPESSURA
SUBCUTÂNEA
SOLUÇÃO
AQUOSA
SOLUÇÃO OLEOSA
OU SUSPENSÃO
ADULTO
Magro
Normal
Obeso
25 x 6/7
30 x 6/7
30 x 8
25 x 8
30 x 8
30 x 8
CRIANÇA
Magra
Normal
Obesa
20 x 6
25 x 6/7
30 x 8
20 x 6
25 x 8
30 x8



Acessado em: http://2009.campinas.sp.gov.br/saude/enfermagem/manual_rot_proced/04.htm  
Março-2012

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Câncer de Boca

O que é câncer de boca?
São tumores malignos que acometem a boca e parte da garganta. Pode se desenvolver nos lábios, língua, céu da boca, gengiva, amígdala e glândulas salivares.
Como posso perceber um câncer de boca?
O câncer de boca pode se manifestar sob a forma de feridas na boca ou no lábio que não cicatrizam, caroços, inchaços, áreas de dormência, sangramentos sem causa conhecida, dor na garganta que não melhora e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na parte interna da boca ou do lábio. Nas fases mais evoluídas, o câncer de boca provoca mau hálito, dificuldade em falar e engoli, caroço no pescoço e perda de peso.
O que pode levar a pessoa ter câncer de boca?
O fumo e o álcool são os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer da boca. Pessoas que fumam e consomem bebidas alcoólicas excessivamente têm maior risco de desenvolver o câncer de boca. O risco aumenta quanto maior for o número de cigarros e de doses de bebidas consumidos.
Existem outros fatores de risco?
Sim, como a falta de higiene bucal e a alimentação pobre em vitaminas e minerais, principalmente em vitamina C. A exposição excessiva ao sol também aumenta o risco de desenvolvimento do câncer do lábio.

 

É possível descobrir o câncer de boca no início?
Sim. O exame rotineiro da boca feito por um profissional de saúde pode diagnosticas lesões no início, antes de se transformarem em câncer. Pessoas com mais de 40 anos que fumam e bebem devem estar mais atentas e ter sua boca examinada por profissional de saúde (dentista ou médico) pelo menos uma vez ao ano.
Onde pode ser realizado o exame da boca?
Profissionais de saúde treinados dos Centros de Especialidades Odontológicas, CEO, e de postos ou centros de saúde podem realizar o exame.
O auto-exame previne a doença?
O auto-exame da boca é uma técnica simples que a própria pessoa faz para conhecer a estrutura normal da boca e, assim, identificar possíveis anormalidades, como mudanças na aparência dos lábios e da parte interna da boca, endurecimentos, caroços, feridas e inchações. Entretanto, esse exame não substitui o exame clínico realizado por profissional de saúde treinado. Para a realização do auto-exame são necessários um espelho e um ambiente bem iluminado. Mesmo que não encontre nenhuma alteração, é importante a consulta regular ao dentista para exame clínico da boca.
Como diminuir o risco de câncer de boca?
Evite ou reduza o consumo de fumo e de álcool;
Mantenha uma boa higiene bucal;
Faça uma alimentação rica em frutas, verduras e legumes;
Visite o dentista regularmente.
Converse com o seu médico e informe-se sobre o exame clínico da boca.
 
 IMPORTANTE

Saúde oferece duas novas vacinas para crianças

A partir do segundo semestre, serão introduzidas as vacinas pentavalente e a pólio inativada. A campanha nacional contra pólio, com as gotinhas, será mantida
O Brasil está se preparando para a erradicação mundial da pólio. Neste ano, o país amplia o Calendário Básico de Vacinação da Criança com a introdução da vacina injetável contra pólio, feita com vírus inativado. A nova vacina será utilizada no calendário de rotina, em paralelo com a campanha nacional de imunização, essa realizada com as duas gotinhas da vacina oral. A injetável, no entanto, só será aplicada para as crianças que estão iniciando o calendário de vacinação.
Outra novidade para 2012 será a vacina pentavalente, que reúne em uma só dose a proteção contra cinco doenças (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo b e hepatite B).  Atualmente, a imunização para estas doenças é oferecida em duas vacinas separadas. 
“Com a inclusão da pentavalente no calendário vacinal vamos reduzir uma picada nas crianças, diminuindo as idas aos postos de saúde”, explicou o ministro Alexandre Padilha. Ele reforçou ainda a participação dos laboratórios públicos na produção de vacinas no país. “O Ministério da Saúde tem como política fortalecer a capacidade nacional de inovação tecnológica de produção, não só em parceria com laboratórios públicos e com setor privado, mas também de atração de parceiros internacionais”, afirmou o ministro.
A introdução da Vacina Inativada Poliomielite (VIP), com vírus inativado, vem ocorrendo em países que já eliminaram a doença. A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), no entanto, recomenda que os países das Américas continuem utilizando a vacina oral, com vírus atenuado, até a erradicação mundial da poliomielite, o que garante uma proteção de grupo. O vírus ainda circula em 25 países. O Brasil utilizará um esquema sequencial, com as duas vacinas, aproveitando as vantagens de cada uma, mantendo, assim, o país livre da poliomielite. A VIP será aplicada aos dois e aos quatro meses de idade e a vacina oral será utilizada nos reforços, aos seis e aos 15 meses de idade.
O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, explicou que o Ministério da Saúde está trabalhando para ampliar o número de vacinas combinadas, que reúne a proteção a mais de uma doença em uma mesma apresentação. “Com isso, temos o beneficio de melhorar a administração da vacina em crianças com dois ou três anos”, diz.
AGENDA – A VIP será introduzida no calendário básico a partir do segundo semestre desse ano. As campanhasanuais contra poliomielite também serão modificadas a partir de 2012. Na primeira etapa - a ser realizada em 16 de junho - tudo continua como antes: todas as crianças menores de cinco anos receberão uma dose de VOP, independente de terem sido vacinadas anteriormente. Na segunda etapa - que ocorrerá em agosto -  todas as crianças menores de cinco anos devem comparecer aos postos de saúde, levando o Cartão de Vacinação. A caderneta será avaliada para a atualização das vacinas que estiverem em atraso. Essa segunda etapa será chamada de Campanha Nacional de Multivacinação, possibilitando que o país aumente as coberturas vacinais, atingindo as crianças de forma homogênea, em todos os municípios brasileiros.
Esquema sequencial da vacinação contra poliomielite
 
Idade
Vacina
2 meses
Vacina Inativada poliomielite - VIP
4 meses
VIP
6 meses
Vacina oral poliomielite (atenuada) - VOP
15 meses
VOP
Pentavalente: A inclusão da vacina pentavalente no calendário da criança também será feita a partir do segundo semestre de 2012. A pentavalente combina a atual vacina tretavalente (difteria, tétano, coqueluche, haemophilus influenza tipo b) com a vacina contra a hepatite B. Ela será produzida em parceria com os laboratórios Fiocruz/Bio-Manguinhos e Instituto Butantan. As crianças serão vacinadas aos dois, aos quatro e aos seis meses de idade.
Com o novo esquema, além da pentavalente, a criança manterá os dois reforços com a vacina DTP (difteria, tétano, coqueluche). O primeiro a partir dos 12 meses e, o segundo reforço, entre 4 e 6 anos. Além disso, os recém-nascidos continuam a receber a primeira dose da vacina hepatibe B nas primeiras 12 horas de vida para prevenir a transmissão vertical.
Heptavalente - No prazo de quatro anos, o Ministério da Saúde deverá transformar a pentavalente em heptavalente, com a inclusão das vacinas inativada poliomielite e meningite C conjugada. “As vacinas combinadas possuem vários benefícios, entre eles o fato de reunir, em apenas uma injeção, vários componentes imunobiológicos. Além disso, os pais ou responsáveis precisarão ir menos aos postos de vacinação, o que poderá resultar em uma maior cobertura vacinal”, observa o ministro Alexandre Padilha.
A vacina heptavalente será desenvolvida em parceria com laboratórios Fiocruz/Bio-manguinhos, Instituto Butantan e Fundação Ezequiel Dias. A tecnologia envolvida é resultado de um acordo de transferência entre o Ministério da Saúde, por meio da Fiocruz, e o laboratório Sanofi.
Investimento - Com a implantação da pentavalente haverá uma economia de R$ 700 mil ao ano, devido à redução no preço da vacina, além da diminuição do custo de operacionalização (transporte, armazenamento, seringas e agulhas).  No decorrer desse ano, o Ministério da Saúde irá adquirir oito milhões e oitocentas mil doses da pentavalente, a um custo de R$ 91 milhões. Também serão adquiridas outras oito milhões de doses da Vacina Inativada Poliomielite, ao custo de R$ 40 milhões. Para a manutenção de estoque estratégico, já foram compradas, em dezembro do ano passado, três milhões de doses da VIP, por R$ 15 milhões.  

Por Mauren Rojahn, da Agência Saúde – Ascom/MS