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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

VARICELA (Catapora)


A varicela (catapora) é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, causada por um vírus chamado Varicela-Zoster. Esse vírus pode causar vários tipos de infecções: primária (quadro clínico de catapora bem estabelecido), latente (sem manifestação clínica) e reativação.
A doença é mais comum em crianças entre um e dez anos, porém pode ocorrer em pessoas susceptíveis (não imunes) de qualquer idade. Na maioria das vezes, principalmente em crianças, a doença evolui sem conseqüências mais sérias.

Transmissão

 A transmissão é via aérea, em gotas aerossolizadas de espirros ou tosse, ou pelo contato com pele infectada. A passagem da doença de pessoa a pessoa em uma mesma casa costuma tornar mais grave o quadro. O período de transmissão inicia 24 a 48 horas antes do surgimento das lesões da pele e se estende até que todas as vesículas tenham desenvolvido crostas (casca), usualmente 7 a 9 dias. O tempo que medeia entre o contato e surgimento da doença (incubação) é de 14 a 16 dias, variando entre 10 e 21 dias.

Sintomas


Uma vez alojados no organismo, os vírus começam a se reproduzir, invadem o sangue e produzem os sinais de infecção: febre 38 a 38,5°C, mal estar, perda do apetite, dor de cabeça. Os sintomas são mais ou menos intensos na dependência da quantidade de vírus contaminantes e da capacidade de defesa daquele indivíduo.
Inicia-se uma reação inflamatória local; aparecem pequenas pápulas avermelhadas com prurido intenso que evoluem rapidamente para pequenas vesículas com líquido cristalino, que acaba se turvando. As vesículas retraem-se no centro e inicia-se a formação de crosta escura (casca), sendo este achado um dos mais importantes para a confirmação do diagnóstico. Tudo ocorre em mais ou menos 2 a 3 dias. O número das lesões é extremamente variável (10 a 1500 em pessoas normais); na média podemos falar em cerca de 300.

Problemas Graves


O problema grave mais comum observado em crianças com catapora é a infecção cutânea, que pode resultar em cicatrizes permanentes.

·         Se coçar as vesículas da catapora antes da cicatrização, elas podem ficar infeccionadas.
·         Quando ficam infeccionadas, essas vesículas transformam-se em pequenas ulcerações, que podem deixar cicatrizes permanentes na pele:
Entre outros problemas graves que a catapora pode causar, incluem-se:
·         edema cerebral;
·         perda de coordenação muscular;
·         pneumonia;
·         infecção de ouvido;
·         herpes zoster (erupção cutânea dolorosa, que pode ocorrer anos mais tarde);
·         síndrome de Reye - doença rara que pode surgir em decorrência do uso de ácido acetilsalicílico durante a infecção da catapora (entre os sintomas, incluem-se náusea, vômito, cefaleia, cansaço e convulsões) .

A CRIANÇA QUE CONTRAI CATAPORA DEVE SER ORIENTADA NO SENTIDO DE NÃO COÇAR AS VESÍCULAS.

Diagnóstico e Tratamento


O diagnóstico é fundamentalmente clínico.
Diversas drogas antivirais (aciclovir, valaciclovir, famciclovir) possuem ação sobre o vírus varicela-zóster e estão disponíveis para o tratamento específico da varicela, embora somente o aciclovir esteja, até o momento, liberado para uso em crianças.  Estas drogas não são capazes de eliminar o vírus varicela-zóster, porém podem reduzir a duração da doença e o número de lesões cutâneas. Os benefícios do uso dos antivirais parecem mais evidentes nas circunstâncias em que o  risco de evolução mais grave é considerável, como no caso de imunodeficientes.  Podem também ser úteis na varicela dos adultos e adolescentes.  A segurança do uso destas drogas em gestantes não foi estabelecida de forma inequívoca, restringindo-se sua utilização (particularmente no primeiro trimestre) aos casos com manifestações graves.


Difteria


A difteria, também denominada crupe, é uma doença infectocontagiosa caracterizada pela presença de uma pseudomembrana cinza-esbranquiçada no local da infecção. Provocada pelo bacilo Corynebacterium diphtheriae, é transmitida por contato físico com um doente ou por respirar suas secreções. Permanece incubada por até seis dias multiplicando-se na faringe. Alguns de seus sintomas surgem em razão da liberação das toxinas que este produz.

Manifestação da difteria na faringe
 
A doença pode ser mortal se suas toxinas forem liberadas no sangue, pois provoca a morte celular do fígado, rins, glândulas adrenais, coração e nervos, fazendo com que estes se tornem insuficientes e ainda paralisem. Quando contagia crianças menores de quinze anos, pode matar em cerca de 20% dos casos. Também pode ocorrer em adultos, mas sua maior manifestação ocorre em crianças.

SINTOMAS

Náuseas, vômitos, dor de garganta, dificuldade para engolir, calafrio, tosse, fadiga, febre, taquicardia, inchaço nos gânglios linfáticos e pressão baixa. Feridas cutâneas podem surgir.
Ocorre, geralmente, em épocas frias do ano: período em que as pessoas tendem a se aglomerar em ambientes fechados, facilitando a transmissão da bactéria.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO






Pseudomembrana: característica principal da difteria

O médico pensa na difteria quando uma criança doente tem a garganta irritada e apresenta uma pseudomembrana. O diagnóstico pode ser confirmado a partir de hemogramas e tirando um espécime da membrana da garganta da criança com um hissope para fazer uma cultura das bactérias. Recomenda-se não retirar a membrana, já que esta ação pode aumentar a absorção da toxina.
A criança com sintomas de difteria é hospitalizada numa unidade de cuidados intensivos e recebe uma antitoxina (anticorpo que neutraliza a toxina da difteria que está a circular) logo que seja possível. No entanto, primeiro deve assegurar-se, mediante uma análise especial da pele, que a criança não é alérgica à antitoxina, que é fabricada com soro de cavalo. Uma criança alérgica à antitoxina primeiro deve ser dessensibilizada. Para isso, começa-se com doses muito pequenas de antitoxina e, progressivamente, vão sendo aumentadas.
Na unidade de cuidados intensivos, o médico e as enfermeiras confirmam que a respiração não está obstruída e que o coração funciona de forma satisfatória. Depois são administrados antibióticos, como penicilina ou eritromicina, para erradicar as bactérias da difteria.
A recuperação depois de uma difteria grave é lenta e uma criança com a infecção deve evitar retomar as suas atividades demasiado rapidamente, pois até o exercício físico normal pode provocar dano a um coração inflamado.

PREVENÇÃO

Previne-se a doença através da vacina tríplice dada a bebês a partir do segundo mês de vida. Também pode adquirir imunidade quando os anticorpos maternos são inseridos no organismo do bebê pela placenta.

O Governo distribui gratuitamente essa vacina nos postos de saúde: 

IDADE
DOSE
VACINA
2 MESES
1ª DOSE
DTP + Hib
4 MESES
2ª DOSE
DTP + Hib
6 MESES
3ª DOSE
DTP + Hib
15 MESES
1º REFORÇO
DTP
4 a 6 ANOS
2º REFORÇO
DTP

*A vacina DTP imuniza contra: Difteria, Tétano, Coqueluche. E Hib: Haemophilus Influenzae tipo b.

A vacina da difteria é normalmente combinada com as vacinas do tétano, coqueluche e Haemophilus Influenzae tipo b, sob a denominação DTP + Hib. Se alguém que tenha sido vacinado contra a difteria entrar em contato com uma pessoa infectada, uma dose de reforço aumenta a proteção.
Qualquer pessoa em contato com uma criança infectada deve ser examinada e deve tirar-se-lhe uma amostra da garganta com um hissope para fazer uma cultura.
Preventivamente, são-lhe administrados antibióticos durante 7 dias e é controlada para detectar qualquer sinal da doença.
Também se vacinará e administrar-se-á uma dose de reforço que contenha a bactéria da difteria a qualquer pessoa que estiver em contato com uma criança infectada e que não tenha sido vacinada ou que não tenha recebido uma dose de reforço nos 5 anos anteriores.
As pessoas com culturas de garganta negativas e que recentemente tenham sido vacinadas contra a difteria não necessitam de tratamento e tão-pouco implicam um risco para os outros.
No entanto, os portadores de bactérias da difteria (que não têm sintomas) podem efetivamente propagar a doença. Por conseguinte, estas pessoas também requerem antibióticos e deve-se fazer-lhes culturas repetidas da garganta para detectar sinais da doença.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO SUS



•LEGISLAÇÃO BÁSICA
•PRINCÍPIOS E DIRETRIZES
•INSTÂNCIAS GESTORAS E DECISÓRIAS

A Constituição da República Federativa do Brasil, no Título VIII que trata da ordem social, expressa:
•I-Universalidade de acesso nos serviços de saúde em todos os níveis;
•II-Integralidade de assistência,entendida como um conjunto articulado e contínuo
das ações e serviços;
•III-Preservação da autonomia das pessoas nas defesas de sua integridade física e
moral;

O Nascimento do SUS:
•IV-Igualdade da assistência à saúde,sem preconceitos ou privilégios;
•V-Direito à informação,às pessoas
assistidas,sobre sua saúde;
•VI-Divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua
utilização pelo usuário;
•VII-Utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, alocação
de recursos e a orientação programática;

VAMOS CONHECER O SUS?

•O SUS é um SISTEMA, ou seja é formado por várias instituições(união,estados,municípios) e pelo setor privado credenciado e conveniado;
Assim o serviçoprivado,quando contratado pelo SUS, deve atuar como se fosse público.
•É único, isto é tem a mesma doutrina e a mesma filosofia de atuação em todo o território nacional e é organizado com a mesma sistemática.


OBJETIVOS DO SUS

2. Identificar e divulgar os fatores condicionantes e determinantes de saúde e
de doença;

3. Formular políticas para redução dos riscos, promoção, proteção e recuperação
da saúde;

4. Atuar de forma organizada em rede hierarquizada e regionalizada com
capacidade resolutiva.

DIRETRIZES DO SUS

2. Atendimento Integral – o SUS deve oferecer a atenção necessária à saúde, da população, promovendo ações contínuas de prevenção e tratamento aos indivíduos e às comunidade, em quaisquer níveis de complexidade;

3. Participação social – é um direito e um dever da sociedade participar das gestões públicas em geral e da saúde pública em particular, é dever do Poder Público
garantir as condições para essa participação, assegurando a gestão comunitária do SUS; e

4. Descentralização – é o processo de transferência de responsabilidades de gestão para os municípios, atendendo às determinações constituições e legais que
embasam o SUS, definidor de atribuições comuns e competências específicas à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios.

PRINCIPAIS CARACTERISTICAS DO SUS:

•Deve atender a todos , de acordo com suas necessidades,independente que a pessoa pague ou não previdência social e sem cobrar o atendimento;

•Deve atuar de maneira integral, isto é, não deve ver a pessoa como um amontoado de partes, mas como um todo que faz parte da sociedade(ações voltadas para
o indivíduo e a comunidade, para promoção da saúde, prevenção das doenças, para o tratamento e reabilitação);

CARACTERÍSTICAS DO SUS

•Deve ser descentralizado, ou seja, o poder de decisão deve ser daqueles que são responsáveis pela execução das ações, pois quanto mais perto do problema, mais chances se tem de acertar sobre sua solução;

•Deve ser racional ou seja, o SUS deve se organizar de maneira que sejam oferecidas ações e serviços de acordo com a necessidade da
população;

•Deve ser eficaz e eficiente, isto é, deve produzir resultados positivos quando as pessoas o procuram ou quando um problema se apresenta na comunidade, para tanto precisa ter qualidade.

PRINCÍPIOS POLÍTICOS DO SUS:

EQUIDADE
UNIVERSALIDADE
PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE
INTEGRALIDADE DA ASSISTÊNCIA
IGUALDADE